O JornalDentistry em 2016-11-15
Uma pesquisa demonstrou que pessoas que sofrem de enxaquecas têm significativamente mais bactérias orais com a capacidade de modificar nitratos do que as pessoas não sujeitas a enxaquecas.
No estudo, os pesquisadores sequenciaram bactérias de 172 amostras orais e 1.996 amostras fecais e descobriram que espécies bacterianas foram encontradas em diferentes quantidades entre indivíduos que sofrem de enxaqueca e pessoas que não padecem desta patologia. Uma outra análise das amostras orais mostrou que os genes que codificam os nitratos, nitrito e óxido nítrico relacionados com enzimas foram significativamente mais abundantes nas pessoas que sofrem de enxaqueca
Os compostos contendo nitrato foram identificados como gatilhos comuns de cefaleia. Podem ser encontrados em alimentos, como carnes processadas e vegetais de folhas verdes, e em certos medicamentos. As bactérias orais podem reduzir os nitratos a nitritos, e quando circulando no sangue, estes nitritos podem então ser convertidos em óxido nítrico sob determinadas circunstâncias.
Embora os resultados indiquem que há uma ligação potencial entre as bactérias redutoras de nitrato na cavidade oral e as enxaquecas, são necessárias mais investigações para verificar se estas bactérias são uma causa ou resultado de enxaquecas, ou estão indiretamente ligadas de alguma outra forma.
Fonte: mSystems — Universidade da Califórnia, San Diego School of Medicine
O estudo, intitulado “Migraines are correlated with higher levels of nitrate-, nitrite-, and nitric oxide-reducing oral microbes in the American Gut Project Cohort,” foi publicado on-line em 18 de outubro no mSystems jornal de acesso aberto publicado pela American Society for Microbiology.
O estudo foi realizado pela Universidade da Califórnia, San Diego School of Medicine.