2014-7-15
O artigo completo foi publicado na edição impressa e digital de O JornalDentistry nº9 – Julho. Autor Dr.Sérgio Spezzia. Resumo: Biomateriais podem ser definidos como substâncias ou combinação de substâncias de origem natural (biológica) ou sintética (aloplástica), que não possuem na sua composição drogas ou fármacos.
Essas substâncias são toleradas de forma transitória ou permanente pelos diversos tecidos do corpo humano. Podem ser autógenos, quando retirados do próprio indivíduo em tratamento; alógenos retirados de outro indivíduo com genótipo diferente ou xenógenos, quando o material é de espécie diferente do receptor. A seleção do biomaterial depende da análise de vários requisitos, tais como: biocompatibilidade (efeito do ambiente orgânico no material e efeito do material no organismo), biodegradabilidade (fenómeno em que o material é degradado ou solubilizado em fluidos tissulares, desaparecendo do local de implantação) e velocidade de degradação do material. A utilização dos biomateriais torna-se viável, advindo das diferentes possíveis aplicações clínicas. No entanto, exige-se controlo através de cuidados clínicos e éticos, analisando-se sempre os riscos e benefícios intrínsecos a cada biomaterial separadamente. O objetivo proposto no presente artigo foi o de realizar uma revisão bibliográfica, efetuando-se uma pesquisa na literatura científica de estudos acerca da utilização de biomateriais na clínica dentária com enfoque especial voltado para os riscos e benefícios que a escolha de um biomaterial pode acarretar. Concluiu-se que o uso de biomateriais sem critérios de biossegurança, além de criar problemas clínicos e insucesso terapêutico, cria situações de conflito ético. |