O JornalDentistry em 2016-8-23
Uma nova pesquisa sugere que a agonista de melanocortina poderá representar uma forma inovadora para controlar a inflamação, e, ao mesmo tempo, preservar o osso periodontal após a infeção.
Formula química agonista de melanocortina
A nova pesquisa publicada online no The FASEB Journal, mostra que a agonista de melanocortina podem efetivamente controlar a inflamação que ocorre frequentemente em tecido da gengiva, que quando não controlada, em última análise, acelera a perda do dente e osso. Esta pesquisa envolvendo ratos, abre a porta a uma nova classe de tratamentos para a doença gengival.
De acordo com Mila Madeira, Ph.D., pesquisador envolvido no trabalho do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, MG, Brasil, o controle da inflamação durante a doença periodontal é um passo fundamental para se evitar a reabsorção óssea alveolar, perda de dentes e, assim, melhorar a qualidade de vida dos pacientes
Durante a investigação, Madeira e seus colegas usaram vários grupos de ratos. O primeiro grupo foi infetado com bactérias relacionadas com a doença da gengiva e, em seguida, tratou-os com uma agonista de melanocortina. O segundo grupo não tinha nenhuma infeção. O terceiro grupo foi infetado, mas não tratado. O último grupo foi infetado, mas tratado com um placebo.
A agonista de melanocortina foi associada com a redução da reabsorção do osso alveolar e com menor inflamação, uma características crítica que tem que ser controladas na doença gengival.
Fonte: Federação das Sociedades Americanas para Biologia Experimental - The FASEB Journal
Referências: Mila FM Madeira, Celso M. Queiroz-Junior, Trinidad Montero-Melendez, Silvia MC Werneck, Joice D. Corrêa, Frederico M. Soriani, Gustavo P. Garlet, Daniele G. Souza, Mauro M. Teixeira, Tarcilia A. Silva, e Mauro Perretti.
Adaptação: OJD
Artigo completo:”Agonism as a viable strategy to control alveolar bone loss induced by oral infection”
Notas: As melanocortinas são um grupo de hormónios peptídeos os quais incluem o hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) as diferentes formas de hormónio estimulante de melanócitos (MSH).[1] os quais são derivados de proopiomelanocortina na glândula pituitária.[2] As melanocortinas exercem seus efeitos através de ligação e ativando os receptores de melanocortina.