George Hajishengallis - Adaptação OJD em 2015-10-22
A periodontite, além da inflamação dos tecidos moles e sangramento também destrói o osso que suporta os dentes, sem controlo, pode levar a condições inflamatórias sistêmicas como aterosclerose e artrite reumatoide.
Periodontite - Osteoclastos
Um estudo recente liderado por investigadores da University of Pennsylvania School of Dental Medicine, demonstra que a proteína Del-1, pode inibir a perda óssea associada à periodontite. Descobriram também que a proteína inibe a atividade dos osteoclastos, as células que absorvem o tecido ósseo, conduzindo a uma explicação mecanicista como Del-1 pode prevenir a perda de osso periodontal.
A descoberta abre o caminho para intervenções terapêuticas para tratar a periodontite e, possivelmente em outras doenças inflamatórias onde a perda óssea está envolvido, como a osteoporose e artrite reumatóide.
Segundo George Hajishengallis um dos autores do estudo, quando se comparou o Del-1 com um inibidor de molécula pequena verificou-se que a Del-1 foi muito mais eficaz na inibição da perda óssea. "Isto sugeriu-nos que a Del-1 pode ter um mecanismo adicional para inibir a perda óssea, talvez atuando diretamente sobre os osteoclastos".
Com o conhecimento de como a Del-1 pode inibir a perda de osso periodontal - tanto por redução da inflamação como ao restringir a atividade dos osteoclastos que reabsorvem o tecido ósseo - os investigadores testaram, num modelo pré-clínico de periodontite e observaram que a Del-1 reduzia significativamente a inflamação e os danos nos tecidos e diminuía a perda óssea.
Hajishengallis e os seu colaboradores relacionaram a Del-1 em outras doenças inflamatórias, incluindo a esclerose múltipla, e começaram a examinar o seu possível envolvimento na artrite reumatoide e a osteoporose. Ao contrário de alguns fármacos utilizados para tratar estas doenças, o Del-1 é uma proteína produzida pelo corpo humano, a administração de um fármaco à base de Del-1 seria provavelmente mais seguro do que algumas das alternativas, especialmente para doenças inflamatórias locais.
Fontes: University of Pennsylvania, o estudo foi publicado na revista Science Translational Medicine.
www.sciencedaily.com/releases/2015/10/151001094609.htm