O JornalDentistry em 2018-8-08
Pouco se sabia sobre a bactéria Streptococcus sobrinus, que acelera a cárie dentária em algumas pessoas. Isso mudará em breve porque uma equipe de cientistas já conseguiu sequenciar com sucesso os genomas completos de três cepas da Streptococcus sobrinus.
Streptococcus sobrinus
A cárie dentária uma das doença crónica mais prevalente em crianças e adultos e que ocorre quando há um desequilíbrio bacteriano na boca. As bactérias nocivas como o Streptococcus mutans, formam um biofilme (também conhecido como tártaro), que provoca a fermentação dos açucares que ingerimos transformando-os em ácido causando a descalcificação dos dentes dando origem às cáries. Cientistas descobriram muito recentemente que a bactérias nocivas Streptococcus sobrinus acelera a cárie dentária em algumas pessoas, mas muito pouco se sabe sobre esta bactéria. Isso vai mudar em breve porque uma equipe de pesquisadores do Illinois Bioengineering liderados pelo Prof.Assistente Paul Jensen, sequenciou com sucesso os genomas completos de três estirpes de S. sobrinus.
De acordo com Jensen,a S. sobrinus é difícil trabalhar em laboratório com e não está presente em todas as pessoas, torna a investigação mais difícil, pelo que os investigadores incidiram o focus na bactéria S.mutans muito maios estável e cujo o sequencialmente de genoma ocorreu em 2002.
Embora rara, a S. sobrinus produz mais ácido se a S. sobrinus está presente, juntamente com S. mutans, existe um grande risco de originar uma cárie dentária galopante, o que significa que há algum nível de comunicação ou sinergia entre as duas bactérias que ainda não se entende. Agora que a S. sobrinus tem um sequenciamento completo, Jensen e os seus parceiros estão a construir modelos computacionais para se entender melhor como as duas bactérias interagem e porque razão a S. sobrinus pode causar cárie dentária tão devastadoras quando combinado com S. mutans.
Já foi confirmado, por exemplo, S. sobrinus que carece de recursos completos de “quorum sensing”, que é a capacidade que as bactérias tem de sentir e reagir com as bactérias vizinhas, e, finalmente, proliferar.
De acordo com Jensen, a S. mutans envia sensores na forma de um peptídeo para descobrir quantas células de S. mutans estão nas proximidades. Uma vez que as células de S. mutans alcançam um determinado nível, atacam criando um desequilíbrio bacterianos na boca levando rapidamente à formação de cárie dentária.
De acordo com Jensen a S. sobrinus não tem um sistema completo para fazer isso e estão realmente curiosos para explorar isso e descobrir o que está faltando e porquê.
Curiosamente, toda a sequenciação do genoma da S. sobrinus foi concluído por uma equipe de estudantes de bioengenharia e alunos matriculados no programa one-year Master of Engineering (M.Eng.), em vez de doutorandos que normalmente realizar este tipo de pesquisa ao longo de vários anos . No campo da S. sobrinus, este é um trabalho inovador. Havia uma enorme falta de de informação nesta área.
É surpreendente que até 2018 haver um tipo de bactérias que causa a doença e não se o genoma completo da mesmo. No entanto, foi possível completar o sequenciamento do genoma de 3 estirpes dessas bactérias a S. sobrinus em apenas num ano pela equipa .de estudantes de bio-engenharia e alunos matriculados no programa one-year Master of Engineering (M.Eng.) liderados pelo Prof.Jensen.
Mia Sales, que se formou em maio deste ano, completou o sequenciamento de duas das estirpes da S. sobrinus., desenvolvendo também os modelos computadorizados que outros membros da equipe usavam para fazer as montagens iniciais dos genomas.
A equipe de Illinois submeteu a informação do sequenciamento ao banco de dados público GenBank para que cientistas de todo o mundo possam ter acesso a informação genómica do S. sobrinus. O trabalho foi publicado no Jornal Microbial Resource sob o título: "Complete genomic sequences of Streptococcus sobrinus SL1 (ATCC 33478 = DSM 20742), NIDR 6715 (ATCC 27351 & 27352), and NCTC 10919 (ATCC 33402)."
Este trabalho foi financiado por uma bolsa do NIH National Institute of Dental and Craniofacial Research and the Illinois Master of Engineering in Bioengineering program.
Fonte: ScienceDaily/University of Illinois College of Engineering
Artigo original publicado pela ScienceDaily: www.sciencedaily.com/releases/2018/07/180728084044.htm