O JornalDentistry em 2018-6-18
Segundo pesquisa da Medical School Of New York University o consumo de álcool afeta o microbioma oral. O consumo de uma ou mais bebidas alcoólicas por dia provoca uma aumento de bactérias orais associadas com doença periodontal, alguns tipos de cancro e doenças cardíacas.
De acordo com a Dra. Jiyoung Ahn, diretora associada de Ciências da População no Cancer Center de Perlmutter da NYU Langone Health, o estudo mostra que o consumo de álcool é prejudicial ao equilíbrio saudável de micróbios na boca e poderá ajudar a explicar por que beber e fumar, levam a alterações bacterianas contadas ao cancros e a doenças crónica
O estudo mostra evidências de que o reequilíbrio de alguns dos 700 tipos de bactérias da cavidade oral, poderiam reverter ou prevenir alguns problemas de saúde ligados ao consumo de álcool.
Este estudo é o primeiro que compara os níveis de consumo e seus efeitos sobre todas as bactérias orais.
O estudo envolveu 1.044 participantes na sua maioria de etnia branca com idades entre os 55 e 87 anos inscritos num ou dois ensaios nacionais de cancro e saudáveis no momento da adesão.
Utilizando amostras de lavagem oral de seu microbioma oral, juntamente com informações detalhadas sobre hábitos de consumo de álcool, foram realizados testes laboratoriais para classificar e quantificar as bactérias oras entre os 270 não bebedores, os 614 bebedores moderados e 160 bebedores inveterados. Os resultados foram plotados em gráficos para determinar a abundância de géneros de bactérias em comparação com os bebedores e os não bebedores.
Segundo os pesquisadores, uma possível explicação para o microbioma dos bebedores relacionados com os desequilíbrios, pode ser causado pelos ácidos das bebidas alcoólicas que tornam o ambiente oral hostil para algumas bactérias. Outra razão pode ser o acumulação de subprodutos nocivos gerados pelo álcool, incluindo os acetaldeídos, que são produzidas por bactérias, tais como Neisseria. o mesmo acontece com toxinas nocivas de fumo de tabaco na boca,.
Em relação ao resultados finais a Dra. Ahn considera que, embora o seu estudo seja o suficiente para mostrar as diferenças bacterianas entre bebedores e não bebedores, vai ser necessário mais participantes para avaliar qualquer diferença de microbioma dos consumidores de diferentes tipos de bebida alcoólica. O próximo passo da equipe é estabelecer os mecanismos biológicos dos efeitos do álcool sobre o microbioma oral. O estudo, intitulado “Drinking alcohol is associated with variation in the human oral microbiome in a large study of American adults”, foi publicadode abril 2018, no Microbiome.
Fonte: BMC BioMedicalCentral