O JornalDentistry em 2016-8-03
Pesquisa da University at Buffalo, USA demonstra que os médicos dentistas devem reforçar seu papel no tratamento de pessoas com Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) e distúrbios relacionados.
A melhor altura para identificar sinais de apneia obstrutiva do sono (AOS) pode não ser à noite, enquanto se dorme, mas, mas em vez disso, numa consulta do médico dentista.
De acordo com um novo estudo conduzido pela University at Buffalo o pesquisador ortodontista Thikriat Al-Jewair, os médicos dentistas estão na posição única como profissionais de saúde para detetar sinais de apneia obstrutiva do sono (AOS), uma doença motivada pelo bloqueio das vias aéreas superiores.
A pesquisa constatou que amígdalas grandes e língua muito grande para a boca, colocam as pessoas em alto risco de AOS. Os pacientes obesos são quase 10 vezes mais propensos a terem sintomas AOS.
A apnéia do sono afeta mais de 18 milhões de adultos americanos, e muitos casos não são diagnosticados, de acordo com a National Sleep Foundation. Os casos graves de apnéia estão ligados a doenças cardiovasculares, diabetes, depressão e perda de memória.
Embora os dentistas não possa diagnosticar a doença, podem contudo detetar sinais de aumento da língua e /ou hipertrofia da amígdalas e recomendar ao paciente que consulte um especialista em medicina do sono.
Segundo Al-Jewair, professor assistente clínico na UB Faculdade de Medicina Dentária, os médicos dentistas tem mais acesso à boca de seus pacientes do que os médicos, e os sinais são fáceis de identificar.
Foram analisando 200 pacientes nas clínicas dentárias da University of Dammam's College of Dentistry no Reino da Arábia Saudita. Os pesquisadores testaram os participantes para apneia obstrutiva do sono (AOS) usando o Questionário de Berlim, uma avaliação validada, utilizado para rastrear apneia obstrutiva do sono (AOS).
Os participantes foram, rastreados para potenciais fatores de risco de AOS, como o peso, circunferência do pescoço, pressão arterial, tamanho da língua e amígdalas e uvula - (tecido que fica na parte de trás da garganta).
Os resultados revelaram que 23% dos participantes tinham risco de apneia obstrutiva do sono (AOS), sendo cerca de 80% do sexo masculino.
Os fatores mais comuns entre as pessoas que foram identificados como de alto risco para AOS no Questionário de Berlim - juntamente com a obesidade - foram grandes amígdalas, recortes de língua e uma pontuação elevada escala de Epworth, outro questionário usado para medir a sonolência diurna.
Futuramente uma nova investigação irá expandir o tamanho da amostra para incluir vários grupos etários e monitorizar o sono noturno dos participante para confirmar a prevalência e gravidade da AOS.
Source: University at Buffalo, Arábia Medical Journal
Artigo: "Trouble sleeping? The size of your tongue and tonsils could be why"
Fatos sobre a Apnéia do Sono
— Cerca de 1 em cada 5 adultos têm sintomas leves de apneia obstrutiva do sono (AOS), enquanto 1 em 15 tem sintomas moderados a graves.
— Aproximadamente 18 milhões de americanos têm a doença, mas apenas 20% foram diagnosticados e tratados.
— Privação crónica do sono pode levar a muitos problemas de saúde, incluindo a depressão, diabetes, obesidade, doenças do coração e um aumento de acidentes de trabalho e erros.
— A apnéia do sono provoca resistência à insulina e, como resultado, podem causar ou agravar diabetes.
— Menopausa e pós-menopausa têm um risco aumentado de AOS.
— Estimou-se que um quarto da prevalência da AOS é devida a uma predisposição genética.
— A apnéia do sono é um fator de risco para a hipertensão.
— Os acidentes de viação são 2 a 3 vezes mais comum em indivíduos com apneia do sono.
— Fumadores são mais propensos a ter AOS do que os que nunca fumaram.
— Embora a apneia do sono seja mais comum em pessoas com idades entre superiores a 50 anos de idade, pode contudo afetar pessoas de todas as idades, incluindo crianças.
Fatores de risco para a Apnéia do Sono
— Dormir em posição de decúbito dorsal. Obesidade
— Sinusite crônica
— Grande circunferência do pescoço
— Aumento de peso recente
— Menopausa
— Amígdalas ou adenóides grandes
— Síndrome de Down
— Fumar
— História familiar de apnéia do sono
—Queixo recesso
Sinais e sintomas adicionais podem incluir:
— ßono agitado ou insônia
— Dificuldade de concentração
— Ronco alto
— Acordar várias vezes à noite para urinar
— Despertar com a boca seca ou dor de garganta
— Cefaléia matinal
— Irritabilidade
— Azia
— Diminuição da libido e disfunção erétil
— Grande circunferência do pescoço (maior do que 17 polegadas para homens, e de 15 polegadas para as mulheres)