O JornalDentistry em 2016-4-28

ARTIGOS

Risco de cancro pancreático associado a bactérias orais específicas

A presença de certas bactérias na boca pode revelar um aumento do risco de cancro do pâncreas e permitir também um tratamento precoce e mais preciso. Esta é a conclusão de um estudo recente realizado nos Estados Unidos da América.

A - Aggregatibacter actinomycetemcomitans B - Porphyromonas gingivalis

O estudo realizado por pesquisadores do “Laura and Isaac Perlmutter Cancer Center da NYU Langone Medical Cente” foi apresentado no dia19 de abril, em Nova Orleans, no encontro anual da American Association for Cancer Research.
Segundo os autores do estudo os doentes com cancro pancreático são geralmente suscetíveis a doenças da gengivas, cáries  a má saúde oral. Essa vulnerabilidade liderou a equipe de pesquisa para encontrar ligações diretas entre a composição bacteriana que causa doenças orais e posteriormente  desenvolvimento de cancro pancreático, uma doença que muitas vezes escapa a diagnóstico precoce e causa anualmente cerca 40.000 mortes nos EUA .
O pesquisador sénior e epidemiologista Jiyoung Ahn, PhD.considera que o estudo demonstra a primeira evidência direta de que uma mudanças específicas na mistura microbiana na boca - o microbioma oral - representam um fator de risco provável para o câncer de pâncreas, conjuntamente com a idade avançada, sexo masculino, tabagismo, raça Africano-Americano, e uma história familiar da doença.
Especificamente, os pesquisadores descobriram que homens e mulheres cujos o  microbioma oral incluia o Porphyromonas gingivalis tiveram um aumento de risco de desenvolver cancro do pâncreas de cerca de 59% em relação aqueles cujas microbiomes não continha a bactéria. Da mesma forma, pacientes com microbiomas orais contendo Aggregatibacter actinomycetemcomitans tem mais 50% de probabilidades de desenvolver a doença.
Ahn, professor associado da NYU Langone e diretor associado de Ciências da População no Cancer Center Perlmutter considera que as alterações das bactérias orais podem mostrar quem está em maior risco de desenvolver cancro do pâncreas.
Em outro estudo publicado no mês passado, Ahn e seus colegas mostraram que o tabagismo estava ligada à dramáticas, embora reversíveis, alterações na quantidade e variedade de bactérias no microbioma oral, mas adverte que é necessário mais investigação para determinar se há alguma relação de causa/efeito, ou como  essas alterações relacionadas com o tabagismo interferem com  o sistema imunológico ou desencadeiam atividades causadoras do cancro no pâncreas.
Para este estudo, os pesquisadores compararam o conteúdo de bactérias em amostras de bochechos de 361 homens e mulheres americanos que desenvolveram cancro do pâncreas com amostras de 371 pessoas da mesma idade, sexo e origem étnica, saudáveis. Inicialmente eram todos saudável e participaram nos maiores estudos de risco de cancro em curso liderados pelo National Cancer Institute (NCI) e do American Cancer Society.

Fonte: Material fornecido pela NYU Langone Medical Center / New York University School of Medicine.

 

Artigo: NYU Langone Medical Center / New York University School of Medicine. "Pancreatic cancer risk tied to specific mouth bacteria." ScienceDaily. ScienceDaily,  

Artigo original:  www.sciencedaily.com/releases/2016/04/

Adaptação: OJD

 

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