O JornalDentistry em 2019-3-24
Dentes imaturos necrosados, com ou sem lesão periapical, representam um grande desafio para o tratamento endodôntico convencional. A instrumentação mecânica do canal é, na maior parte dos casos, contra-indicada, já que pode debilitar ainda mais as paredes radiculares finas e frágeis.
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Conseguir uma obturação adequada revela-se tam- bém altamente complexo, dada a ausência de um ápex formado que permita a compactação do material obturador, dificultando assim o selamento apical2,3.
Convencionalmente, a apexificação tem sido a técnica de eleição para abordar estes dentes permanentes jovens que perderam a sua vitalidade4. Seja através da aplicação de hidróxido de cálcio (HC) ou, mais tarde, recorrendo ao agregado de trióxido mineral (MTA), a verdade é que nenhuma das opções permite fortalecer esses dentes, melho- rando o seu prognóstico5–7. Apesar de criar condições para a obturação do canal, as raízes permanecem finas e curtas, e o dente susceptível à fractura como resultado de uma relação corono-radicular desfavorável8,9.
A revascularização pulpar, técnica incluída no contexto da endodontia regenerativa, pode contribuir para a melhoria do prognóstico destes dentes altamente comprometidos, baseando-se no conceito de que células estaminais multipotentes da região apical podem restabelecer-lhes a capacidade de se desenvolver fisiologicamente5,10. Durante as últimas duas décadas, um sem número de casos têm sido reportados indicando a eficaz promoção do desenvolvimento radicular, tanto no que diz respeito à espessura das suas paredes, como ao seu comprimento, com o respectivo encerramento apical. A compreensão das bases biológicas por trás destes fenómenos regenerativos é um passo fulcral no sentido de permitir uma mudança de paradigma em relação à abordagem de dentes imaturos necrosados11.
Artigo publicado na edição de março do " O JornalDentistry" em versão impressa e digital da autoria de Dr. Pedro Domingues -Mestre em Medicina Dentária pelo ISCSEM em 2016; Departamento Generalista e Cirurgia Oral na CSM Lisboa, Conde Redondo e Dr. Miguel Pedrosa - Mestre em Medicina Dentária pelo ISCSEM em 2017; Departamento Generalista na CSM Lisboa, Conde Redondo.
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