O JornalDentistry em 2021-5-18

CONVIDADOS

“O plasma rico em factores de crescimento é um dos maiores avanços em terapia regenerativa dos últimos 25 anos”

O Dr. Eduardo Anitua é director científico da BTI Biotechnology Institute e foi pioneiro na utilização da terapia conhecida como Plasma Rico em Fatores de Crescimento.

Dr. Eduardo Anitua, director científico da BTI Biotechnology Institute

Recentemente foi reconhecido como o investigador espanhol mais influente no mundo da medicina dentária, segundo o ranking da Universidade de Stanford. 

A classificação dos investigadores científicos mais relevantes do mundo publicada pela Universidade de Standford (Ranking of the World Scientists: World ́s Top 2% Scientists), um dos rankings de investigadores mais prestigiados a nível internacional, compila um conjunto de mais de 150.000 científicos, que representam os 2% mais influentes e citados, num total de quase sete milhões de investigadores científicos ativos em todo o mundo. Na área da medicina dentária, o Dr. Anitua situa-se como o investigador espanhol mais influente e 62º a nível mundial. 

OJD - Como vê este reconhecimento pessoal? 

É um reconhecimento que se agradece, mas que sobre- tudo ratifica e reforça a investigação em áreas da medicina como a implantologia oral e a terapia regenerativa, que realizamos desde há mais de 30 anos. Trata-se de um ranking que mede a produção cumulativa ao longo de toda uma vida, pelo que chega após muitos anos de trabalho e de investigação. É uma classificação que revê a história da medicina dentária. Para nós supõe comprovar que vamos no caminho certo. 

OJD - Porque se interessou pela investigação? Como foi o seu início? 

No meu caso, a investigação nasceu na clínica. Foi onde me fiz muitas perguntas às quais a ciência não estava a responder de forma adequada. Procurar essas respostas foi o que fez despertar o interesse pela investigação. Basicamente, um investigador é uma pessoa curiosa, que tem inquietudes, que se faz perguntas. 

Tive que criar uma estrutura para poder investigar, começando do zero, criando um pequeno laboratório, contratando com iniciativa privada biólogos, bioquímicos, hematólogos, etc. Foi assim que demos os primeiros passos no campo da terapia regenerativa. 

Agora temos uma grande equipa composta por médicos, dentistas, biólogos, bioquímica, farmacêuticos, biotécnicos, engenheiros eletrónicos, de superfície, de biomecânica, medicina dentária. Para nós supõe comprovar que vamos no caminho certo. 

OJD - Porque se interessou pela investigação? Como foi o seu início? 

No meu caso, a investigação nasceu na clínica. Foi onde me fiz muitas perguntas às quais a ciência não estava a responder de forma adequada. Procurar essas respostas foi o que fez despertar o interesse pela investigação. Basicamente, um investigador é uma pessoa curiosa, que tem inquietudes, que se faz perguntas. 

Tive que criar uma estrutura para poder investigar, começando do zero, criando um pequeno laboratório, contratando com iniciativa privada biólogos, bioquímicos, hematólogos, etc. Foi assim que demos os primeiros passos no campo da terapia regenerativa. 

Agora temos uma grande equipa composta por médicos, dentistas, biólogos, bioquímica, farmacêuticos, biotécnicos, engenheiros eletrónicos, de superfície, de biomecânica, 

informáticos, etc. Falamos de muitas especialidades, de uma equipa multidisciplinar que, neste momento, é formada por mais de 50 pessoas que trabalham na mesma direção.

OJD - Que importância se dá à investigação na BTI Biotechnology Institute? 

A investigação e a formação são parte esencial do nosso ADN. Desde a fundação da empresa, todos os anos dedi- camos os recursos possíveis a Investigação & Desenvolvi- mento. Além disso, consideramos um dever partilhar esse conhecimento pelo que realizamos um grande esforço na publicação dos nossos resultados e na sua difusão. O conhecimento é da sociedade e o que tentamos é transmi- tir à sociedade todos os nossos avanços, para que o máxi- mo de pacientes possam beneficiar deste esforço. Partilhar é viver a ciência e é um dever dos científicos. 

— OJD - O Dr . Anitua foi pioneiro na terapia conhecida como Plasma Rico em Fatores de Crescimento. Como é composta esta terapia? 

Esta terapia foi a origem do que hoje em dia é um boom. Os nossos trabalhos, desde há quase 30 anos, foram pio- neiros na aplicação terapêutica de fatores de crescimento autólogos, algo que até então ninguém tinha usado em medicina. Atualmente aplicam-se em múltiplos tratamen- tos. De Vitoria-Gasteiz (Espanha) abriu-se um mundo novo na implantologia, na regeneração de tecidos ou engenharia tecidular e podemos dizer que esta maneira de entender a biologia e desenvolver protocolos no âmbito da medicina dentária marcou o caminho a seguir noutras especialidades médicas. Desde a medicina desportiva, a dermatologia, a oftalmologia, a cirurgia geral e, mais recentemente, inclusi- vamente, na medicina reprodutiva e nos tratamentos de fer- tilidade. É um contributo importante, e como dizem muitos investigadores científicos, provavelmente foi o maior avanço em terapia regenerativa dos últimos 25 anos. 

OJD - Existem mais linhas de investigação abertas com essa terapia? Quais serão os próximos passos? 

Estamos a dedicar muito esforço à transparência, à evi- dência científica, para que tudo o que estamos a realizar esteja perfeitamente contrastado. É preciso ter em conta que quando chegamos à fase de ensaio clínico já temos uns quantos anos de investigação feita previamente. Em cada uma destas áreas, antes de chegar à aplicação clínica, há vários anos de trabalho, de estudos piloto, estudos prospeti- vos, ensaios clínicos, etc. Agora mesmo, estamos a trabalhar em vários ensaios clínicos em áreas interessantes e estou seguro de que em breve teremos boas notícias. 

 

 

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