O JornalDentistry em 2015-11-24

EDITORIAL

Em prol da profissão e da saúde pública

Como é fácil constatar pela informação que vai sendo disponibilizada, a OMD nos últimos anos tem-se desdobrado em múltiplas ações e iniciativas em prol da profissão e da saúde pública.

Paulo Ribeiro de Melo, M.D.

O respeito e a consideração que a OMD tem granjeado junto da população, dos
media e das diversas instituições com que se relaciona é bem evidente e irrefutável.
Graças ao trabalho desenvolvido ao longo deste tempo tem sido possível apresentar um conjunto de resultados notável, mesmo considerando a persistência de uma crise económica que teima em não nos deixar.
Inevitavelmente esta crise tem repercussões diretas em profissões liberais como a nossa, Muito dependente do rendimento disponível por parte das famílias...Mas mesmo assim a OMD pôde contribuir para a diminuição do impacto da crise na nossa profissão, com a negociação de várias medidas, como por exemplo a introdução do PNPSO – vertente cheque dentista, com sucessivos alargamentos dos grupos abrangidos, conseguindo
até que o orçamento destinado a este programa não fosse diminuído numa altura
em que muitos outros programas da saúde sofreram cortes de 20% ou mais. O outro caminho encontrado para diminuir o impacto da crise, baseou-se numa cultura de qualificação e qualidade dos médicos dentistas e da medicina dentária, enaltecendo o potencial da nossa classe, disponibilizando condições para uma atualização científica e profissional continua efetiva e promovendo a qualidade dos serviços e instalações de medicina dentária.
Muitos dos projetos de fundo da OMD foram concretizados enquanto estive como Secretário-Geral e Presidente do Conselho Diretivo. Na verdade, quando aceitei candidatar-me ao cargo, tinha a plena consciência da responsabilidade e disponibilidade que o mesmo exigia e durante todo este tempo procurei estar à altura do desafio. Este foi um trabalho desenvolvido por uma equipa coesa e dedicada, desde o Bastonário, passando pelo Conselho Diretivo, restantes órgãos sociais, Departamento Jurídico e todo o staff da OMD.
Estes projetos passaram a ser de referência para a OMD e para os médicos dentistas, não são estáticos e não se esgotam ou desaparecem com o tempo, mas antes vão sendo aprimorados.
É o caso, por exemplo, do Licenciamento de clínicas e consultórios dentários, da Tabela de nomenclatura ou da autorização de aquisição direta de fármacos. Ou ainda do cheque dentista, prescrição eletrónica que ainda recentemente, neste congresso, assistiram ao alargamento dos grupos alvo e à melhoria de condições de acesso, respetivamente.
Também demos continuidade a projetos como o congresso da OMD, que este ano teve um
êxito arrebatador, e a Formação Contínua, sempre com o objetivo de melhorar. E, mais recentemente, estivemos e estamos envolvidos em projetos essenciais para o futuro da medicina
A intervenção internacional também não foi descurada na sua vertente política e de saúde pública. A OMD tem estado presente em diferentes frentes atuando proativamente e intervindo sempre que entende. Por isso é essencial a presença da OMD no Council of European Dentists (CED), bem como na Federação Dentária Internacional (FDI).
No CED é onde se discute toda a legislação europeia da profissão, sendo este órgão o representante mais próximo da comissão europeia que os médicos dentistas possuem para fazer lobby.
Na FDI é onde a intervenção na saúde pública se faz de uma forma global ao nível de
todo o planeta e que muitos frutos tem dado. Este organismo tem permitido que os países mais desfavorecidos usufruam de condições para a promoção da saúde oral e prevenção das doenças orais junto das populações e dos decisores políticos que de outro modo seriam impossíveis de obter. Para este efeito ser potenciado, existe uma comissão na FDI, a comissão de Saúde Pública, que desempenha um papel fundamental nestas politicas e à qual tenho a honra de pertencer, após a minha reeleição na última Assembleia Geral, desempenhando a função de Vice-presidente.
Com a entrada em vigor do novo estatuto, inicia-se um novo ciclo na OMD. Encontro-me
a terminar um mandato como Secretário-Geral sabendo que não terei sucessor, mas com a
consciência de ter feito o melhor possível durante este percurso.
Como disse, os desafios e as exigências na OMD são permanentes. O patamar a que a
OMD foi elevada nos últimos anos representa uma responsabilidade acrescida para o novo mandato. Tem de ser com um espírito empreendedor, de compromisso e dedicado que se deve assumir a responsabilidade que se segue. É esse o desafio que aceito e para o qual me encontro com a disponibilidade e vontade de sempre! 

 

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