O JornalDentistry em 2020-10-26
Num modelo completamente disruptivo, o 29o congresso da Ordem dos Médicos Dentistas apresenta-se este ano em formato digital nos dias 27 e 28 de novembro.
Prof. Doutora Célia Coutinho Alves, presidente da Comissão Organizadora do 29o congresso OMD.
OJD — Descreva-nos o conceito do Congresso OMD 2020.
O conceito deste 29o congresso OMD vai ser completa- mente disruptivo com o modelo presencial a que já nos habituamos. Não porque houvesse algo de errado com este modelo tradicional, bem pelo contrário, mas porque a pandemia e as regras sanitárias impostas não nos permitem assegurar o modelo presencial com todas as garantias de segurança. Assim, vamos apostar num modelo totalmente on-line, numa plataforma virtual onde o participante pode assistir a conferências diretas ou gravadas, explorar a expodentária e os vários stands comerciais, bem como relaxar num meeting room onde estarão disponíveis partilhas em formato de video, um concur- so de fotografia, entre outras experiências. Este evento será concentrado em dois dias, 27 e 28 de novembro e será uma experiência totalmente nova e imersiva. Um desafio para levantar em tempo recorde!
OJD — Quais os principais temas científicos e oradores que estão previstos para o Congresso. Quais têm sido as principais preocupações da comissão organizadora e cientifica?
Para que todo o trabalho já previamente feito até março deste ano, aquando do cancelamento do congresso nos moldes presenciais, não fosse perdido, optou-se por manter a maioria dos palestrantes já alinhados, sendo que a comissão científica selecionou apenas palestrantes internacionais de língua portuguesa para além dos nacionais. Como tivemos que condensar os três dias de congresso em apenas dois dias, alguns temas não puderam ser mantidos no alinhamento. Teremos duas salas em direto e em simultâneo, com temas como reabilitação e estética, implantologia, ortodontia, laser, periodontologia, entre outros. Teremos ainda outra sala com temas e conferências gravadas.
OJD — Que temas socio-profissionais considera importantes de abordar neste contexto atual?
Abordaremos os protocolos e o que mudou na nossa prá- tica clínica no contexto COVID-19, novas fronteiras e novos desafios da telemedicina, bem como a problemática da radiologia e dos desenvolvimentos feitos até agora, sobre este tema. Haverá, também lugar para temas do Conselho deontológico e disciplinar. A OMD está a desenvolver uma nova área política para a classe no que diz respeito à sus- tentabilidade ambiental e, nesse sentido, estamos a tentar organizar uma mesa redonda com o tema sustentabilidade, articulando o ministério do ambiente e a Lipor. Incluiremos ainda, o tema “ensino e formação” com destaque para a reflexão de qualidade de ensino em medicina dentária, após a introdução da reforma de Bolonha.
O que já está a ser pensado para o Congresso OMD 2021? Acredita que terá influências digitais do congresso deste ano? Haverá espaço para adotar um modelo híbrido?
O congresso de 2021 já está a ser preparado, sim. Mas como aprendemos que neste momento temos que navegar à vista, e seguramente com o que aprenderemos ainda com esta primeira experiência totalmente on-line, que será o 29o congresso da OMD, outros modelos poderão surgir em futuros congressos. A possibilidade de trazer conferencistas internacionais com custos mais reduzidos, ou viagens res- tringidas, podendo fazer um misto de conferências presenciais e outras virtuais, parece-nos a esta distância, uma realidade que tem de ser posta em cima da mesa. E sim, um modelo híbrido poderá fazer sentido no futuro.
OJD — O que já está a ser pensado para o Congresso OMD 2021? Acredita que terá influências digitais do congresso deste ano? Haverá espaço para adotar um modelo híbrido?
O congresso de 2021 já está a ser preparado, sim. Mas como aprendemos que neste momento temos que navegar à vista, e seguramente com o que aprenderemos ainda com esta primeira experiência totalmente on-line, que será o 29o congresso da OMD, outros modelos poderão surgir em futuros congressos. A possibilidade de trazer conferencistas internacionais com custos mais reduzidos, ou viagens restringidas, podendo fazer um misto de conferências presenciais e outras virtuais, parece-nos a esta distância, uma realidade que tem de ser posta em cima da mesa. E sim, um modelo híbrido poderá fazer sentido no futuro.