O JornalDentistry em 2018-5-07
Em 2017, o I Meeting da Sociedade Portuguesa de Implantologia e Osteointegração – SOPIO, recebeu mais de duas centenas de médicos dentistas. Na edição deste ano, que se realiza a 26 de maio na Alfândega do Porto, a prioridade continua a ser a formação, já que a Sociedade pretende afirmar-se como uma referência na área de reabilitação oral com implantes e osteointegração.
Dr. Jorge Pereira
O Dr. Jorge Pereira, presidente da comissão organizadora do II Meeting SOPIO, revela-nos os moldes do evento.
— O JornalDentistry – Quais as expetativas da SOPIO para este II Meeting?
— Dr. Jorge Pereira – A SOPIO nasceu da vontade de dar resposta aos interesses dos colegas que veem na implantologia um recurso fundamental para lograr a reabilitação funcional e estética do sistema estomatognático sem discriminar fases ou procedimentos cirúrgicos e protéticos, de forma a aglutinar interesses e aumentar a partilha das soluções. A formação, através da promoção e divulgação de eventos científicos, é a principal prioridade da SOPIO. Como no I Meeting, os colegas aderiram de forma entusiasta ao projeto, numa clara demonstração de credibilidade, neste II Meeting decidimos assumir a responsabilidade de realizar um evento internacional, capaz de cativar um número ainda maior de inscrições relativamente ao primeiro evento.
— O JornalDentistry – Quais os principais objetivos do II Meeting SOPIO?
— Dr. Jorge Pereira – Neste II Meeting SOPIO, para além da divulgação de novos conceitos e de fundamentos criteriosos essenciais para a tomada de decisões clínicas baseadas em evidência, temos como objetivo reforçar a credibilidade da SOPIO a nível nacional e afirmá-la como uma referência internacional na organização de eventos científicos e formativos na área da reabilitação com implantes e da osteointegração.
— O JornalDentistry –O que trará de novo à discussão em torno da implantologia e osteointegração?
— Dr. Jorge Pereira – A implantologia e a osteointegração são áreas extraordinariamente dinâmicas, fruto do desenvolvimento de novas técnicas e materiais arautos da perfeição que merecem um escrutínio e discussão sérios centrados nas indicações e limitações, tendo em conta o desafio cada vez mais complexo e individualizado que enfrentamos nos dias de hoje quando abordamos uma reabilitação oral cada vez mais exigente no que concerne à gestão das expetativas.
O que destacaria do programa científico do próximo meeting da SOPIO?
Foi uma preocupação construir um programa com um alinhamento transversal, percorrendo intencionalmente as áreas cirúrgicas – quer ao nível da reconstrução óssea tridimensional das cristas alveolares edêntulas, quer no que respeita à decisão sobre a gestão das limitações dentro de uma perspetiva menos invasiva, e indo até à reabilitação protética, com a modelação provisória dos tecidos e mimetização final da ou das peças dentárias per- didas ou ausentes. Porque os pacientes são a parte fundamental deste desafio, decidimos abordar as questões relacionadas com o grupo etário que representará a nossa realidade populacional mais significativa num futuro muito próximo, os pacientes geriátricos. Se todas estas questões são relevantes, não menos o é o tratamento das complicações, cada vez mais frequentes, algumas vezes quase incontornáveis e outras resultantes de alguma falta de critério, inerentes a uma universalização pouco criteriosa deste tipo de reabilitações.
Informações: www.sopio.pt
Entervista publicada no "O JornalDentistry" de abril 2018 edição impressa e digital