O JornalDentstry em 2022-6-02
O XXI Congresso da APHO realizar-se-á nos dias 3 e 4 de junho de 2022 no Ramada Lisbon Hotel. Contará com apresentações de maior duração, para promover um debate e diálogo mais consistente entre os congressistas e oradores.
Susana Castro, presidente da Comissão Organizadora do XXI congresso de APHO.
Quais as preocupações que tiveram na preparação do programa do XXI Congresso da APHO?
Na preparação do programa e à semelhança das edições anteriores, temos sempre a preocupação de conseguir organizar um programa científico apelativo, diversificado e que promova a multidisciplinaridade, demonstrando que o papel do higienista oral é uma peça fundamental nas equipas de saúde. Também é uma preocupação constante ter oradores de excelência nas suas áreas de especialização.
Outra das preocupações que temos tido em conta passa pela localização do congresso. Já fizemos várias tentativas de descentralizar o congresso anual da APHO mas receamos que se torne pouco acessível para a maioria dos colegas por ser fora de Lisboa. Para facilitarmos esta escolha, na última edição colocámos à votação dos congressistas o local desta edição, e Lisboa foi novamente o local de eleição.
Que novidades se esperam neste encontro em relação a edições anteriores?
Nesta XXI edição vamos contar com apresentações de maior duração, para promover um debate e diálogo mais consistente entre os congressistas e oradores. Acreditamos que esta interação poderá enriquecer o congresso, sobretu- do pela discussão de temas mais comuns na prática clínica diária.
Esta edição também contará com a maior presença e exposição de marcas comercias de todos os congressos. As empresas (com as diversas marcas) “fidelizadas” mantêm- -se connosco e é muito gratificante ver que cada vez mais empresas se juntam a nós reforçando os laços entre a profis- são e o tecido empresarial.
Quais são os grandes temas socioprofissionais hoje em dia para os higienistas orais?
No topo da lista julgamos ser o reconhecimento da profissão pelos pares e pela população em geral. Junto da população reforçar o importante papel dos higienistas orais na prevenção da doença e promoção da saúde, no aumento da literacia em saúde oral, e na fomentação de uma cultura preventiva e estilos de vida saudáveis, que a médio/ longo prazo dará os seus frutos na melhoria da saúde oral e saúde geral. Junto com os pares, tornarem-se elementos imprescindíveis da cadeia de profissionais do SNS e do setor privado e social.
Promover a integração de mais higienistas orais no Serviço Nacional de Saúde como membros-chave das equipas inter-disciplinares de cuidados de saúde primários, preparados e orientados para prestar serviços preventivos de saúde oral em ambientes não tradicionais baseados na comunidade, indo de encontro às prioridades estratégicas da Organização Mundial da Saúde da cobertura universal de saúde e não deixando ninguém para trás.
Os higienistas orais são profissionais altamente qualifi- cados, que exercem a sua atividade profissional com elevado grau de autonomia técnico-científica, num ambiente de crescente complexidade, determinado pela exponencial evolução das ciências próprias que incorporam e dos avan- ços tecnológicos, que determina um quadro de responsabilidades, e de responsabilização elevados.
Para poderem exercer a sua atividade profissional com excelência, responsabilidade e de forma ética é necessário haver uma atualização e desenvolvimento profissional contí- nuos. Assim, um dos temas a que nos debruçamos enquanto associação é como podemos melhor contribuir para esta formação e especialização cada vez mais importante para nos podermos diferenciar num mercado altamente competitivo.
Como se pode reforçar cada vez mais o papel do higienista na equipa completa de saúde oral?
O papel do higienista oral enquanto membro ativo e essencial nas equipas de saúde é incontestável, quer ao nível do setor privado, quer no setor social e ainda no Serviço Nacional de Saúde (SNS), onde o a maioria dos higienistas opera.
É importante que os higienistas orais invistam em formação para sedimentarem os seus conhecimentos, melhorarem a sua capacidade de intervenção, tornando assim cada vez mais sólida a sua posição nas equipas de saúde.
A divulgação e disseminação de informação sobre este profissional a todos os setores da sociedade é fulcral, demonstrando as mais-valias da profissão e da sua integração em equipas multiprofissionais e multissectoriais, quer a nível nacional quer internacional