O JornalDentistry em 2021-4-29

EVENTOS

IV Congresso da SPDOF

A SPDOF - Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial – tem como objetivo central divulgar e promover a partilha do conhecimento e investigação científica em torno da Disfunção Temporomandibular (DTM) e Dor Orofacial (DOF).

Júlio Fonseca, Presidente SPDOF e Alexandra Vinagre, Presidente da Comissão Científica.

O IV Congresso da SPDOF irá decorrer nos dias 1 e 15 de maio através de palestras, em formato online, e no dia 14 de maio com a realização de com a realização de workshops

Presidente SPDOF, Júlio Fonseca
Presidente da Comissão Científica, Alexandra Vinagre 

 

1. Quais as expetativas e desafios que têm para o IV Congresso da SPDOF? 

Com a pandemia, o paradigma da formação e das sociedades científicas mudou. A SPDOF adaptou-se e modernizou-se face às novas realidades. O congresso de 2020 teve então de ser adiado, mas de forma imediata iniciámos um Programa de Formação Contínua com vários webinares online, que têm tido uma enorme adesão por parte dos colegas. 

Em maio deste ano (2021), a SPDOF promoverá o seu IV Congresso, um evento em formato misto que decorrerá com conferências online no decurso de dois sábados (1 e 15 de maio) e terá associados workshops presenciais em Coimbra (no dia 14 de Maio). O desafio de uma organização mista (presencial e online) é atualmente o foco da energia da SPDOF, mas estamos certos de que estaremos à altura. Estamos a preparar estratégias para organizar o Congresso com o elevado nível de qualidade científica, pontualidade, organização e logística a que a SPDOF já habituou os seus associados. 

O IV livro da SPDOF, será também lançado neste congresso. Visa estabelecer um conjunto de orientações e guidelines baseadas na evidência científica, relativas à abordagem dos doentes com DTM. Este é o quarto livro editado pela nossa sociedade científica e melhora a qualidade de intervenção clínica em patologias associadas à DTM e Dor Oro- facial, sempre pelo superior interesse do paciente. Leitura recomendada a todos os profissionais e entidades que, de alguma maneira, lidam ou têm que tomar decisões de gestão deste tipo de condição clínica nos seus pacientes. 

O Congresso deste ano é organizado pela Dra Joana Pereira e pelo Dr. João Fonseca e Costa, ambos membros dos corpos sociais da SPDOF. 

 

2. Acreditam que os novos formatos online dos congressos “vieram para ficar”? 

Pensamos que sim. De facto, as plataformas online trazem algumas vantagens e desvantagens. Podemos, tal como estamos a fazer no nosso IV Congresso, ter mais facilmente conferencistas estrangeiros de renome mundial com um custo menor (ausência de deslocações, hotéis etc..), podemos gravar as apresentações e disponibilizá-las na nossa área reservada de sócios; podemos assistir ao congresso no conforto das nossas casas etc... 

Porém, perdemos algum contato social (igualmente importante) e networking com os colegas. Daí termos opta- do, cumprindo rigorosamente as normas da DGS, por uma modalidade mista com workshops presenciais. 

Sempre procurámos um ambiente de partilha saudável, em que todos aportam conhecimento das suas áreas, e não se inibem de procurar conhecimento/perceber de áreas diferentes. Toda a equipa da SPDOF conhece esta realidade, bem como os moderadores e os palestrantes. É um orgulho constatar que ninguém se inibe de levantar o dedo e questionar, estimulamos discussões elevadas e saudáveis, num espírito multidisciplinar. Por estas razões, há um cuidado extremo na seleção dos temas, das mesas, dos palestrantes e moderadores, mas também dos workshops prévios ao congresso que são sempre um sucesso. Para além de existir uma preocupação franca em que todos os temas sejam amplamen- te discutidos, sem inibições nas questões venham elas de que classe profissional vierem há, na SPDOF, uma enorme preocupação pelo cumprimento rigoroso dos horários. É uma regra da mais elementar educação e produtividade, e que tem sido elogiada por todos. 

Outro desafio é a relação com a indústria, elemento vital ao funcionamento e sustentabilidade das sociedades científicas. Esta é uma fase de mudança, mas as soluções que apresentamos representam a possibilidade de os nossos patrocinadores alcançarem mais pessoas, num maior número de vezes, face aos tradicionais contactos presenciais, com divulgação em todos os mailings, website e redes sociais. 

 

3. Sentem que a classe profissional está cada vez mais consciente da relevância e da importância do tratamento da Dor Orofacial de origem não dentária? 

Claro que sim, e podemos medir isso pela adesão aos nossos eventos. A SPDOF está a cumprir com os objetivos que fundamentaram a sua fundação. 

A Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial é uma sociedade sem fins lucrativos fundada em 2014, sendo pioneira em Portugal nesta área. Os estudos científicos têm revelado o caráter etiológico multi-factorial da DTM e Dor Orofacial. Nesse sentido, a abordagem destas patologias tem que ser obrigatoriamente interdisciplinar. 

As Disfunções Temporomandibulares (DTM) são consideradas um grupo heterogéneo de distúrbios psico-fisiológicos do Sistema Estomatognático (SE). Abrangem um largo espe- tro de problemas e manifestações clínicas na esfera orofacial, na cabeça e pescoço, ou estruturas anatómicas à distância (sintomas referidos). Representam a condição dolorosa orofacial crónica mais comum, sendo consideradas um problema sério de saúde pública. São consideradas a segunda desordem músculo-esquelética mais comum depois da dor lombar, e representam a causa mais comum das urgências em medicina dentária de causa não-dentária. 

Adicionalmente, consideramos, na SPDOF, que uma sociedade científica não se pode esgotar na realização de um congresso anual. Se assim for, a formação dos profissionais estará limitada a um tempo de contacto muito curto e que, nem sempre, permite um adequado período de reflexão sobre determinadas matérias. Reconhecendo esta preocupação a SPDOF sempre procurou, para além de um programa de formação contínua, editar livros próprios que permitis- sem aos associados e congressistas levarem para casa um resumo alargado da melhor evidência científica disponível. Este ano teremos o nosso IV Livro editado, sob o tema “Disfunções Temporomandibulares: Recomendações e Guidelnes de Abordagem da SPDOF”. 

4. Esta é uma área que beneficia muito da multidisciplinaridade. A que áreas profissionais será dado mais destaque neste ano? 

O Congresso terá como tema as “Guidelines em Disfun- ção Temporomandibular e Dor Orofacial”. Estão já confirmados vários oradores internacionais de renome, como Gilles Lavigne (Canadá), Joanna Zakrzewska (Reino Unido), Javier Hidalgo, Juan Mesa, Pedro Mayoral (Espanha) ou Cibele Dal Fabbro e Sílvia Hitos (Brasil), que irão, certamente, contribuir para um programa científico de excelência. Dada a relevância do tema e a sua essência interdisciplinar, fomentaremos a partilha interdisciplinar de diversas áreas da saúde. 

 

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