2023-9-18
O Simpósio da APHTOF, com a co-organização do BioHof International Symposium, destacou a importância da sintonia entre o conhecimento da anatomia da face e o aconselhamento médico dentário prévio para uma boa atuação ao nível da harmonização orofacial, assim como uma boa equipa de aliados multidisciplinar
O I Simpósio Internacional de Harmonização Orofacial, da Associação Portuguesa de Terapêutica e Harmonização Orofacial (APHTOF), teve lugar este sábado, dia 16 de setembro, no Hotel Fénix, em Lisboa. O evento científico, que contou com a co-organização do I Simpósio Internacional de Ciência e Tecnologia em Biomateriais para Harmonização Orofacial (BioHof International Symposium), pretendeu reunir especialistas, investigadores e profissionais para aprender, partilhar e celebrar conquistas, assim como abordar os desafios superados até ao momento e o futuro que se desenha para a harmonização orofacial em Portugal. A abertura esteve a cargo da Dra. Soraya Dieb, Presidente da Comissão Organizadora do I Simpósio Internacional de Harmonização Orofacial, que considerou o evento científico um “marco fundamental” para a área da harmonização orofacial, que se tem posicionado na vanguarda das melhores práticas. “O carácter luso-brasileiro deste evento não é uma coincidência”, destaca a Presidente da Comissão Organizadora, referindo um “trabalho comum” entre os dois países nesta área. O envelhecimento, a medicina dentária e a harmonização orofacialCom uma sociedade cada vez mais motivada para a importância da comunicação e da imagem, a harmonização orofacial tem conquistado um lugar de destaque nos consultórios. A Dra. Augusta Silveira, médica dentista e professora associada da Faculdade Fernando Pessoa, e a Dra. Sofia Lopes, formadora na área de Harmonização Orofacial desde 2019, levaram até ao palco do I Simpósio Internacional de Harmonização Orofacial o tema ‘Anatomia do Envelhecimento Facial’, onde apresentaram casos de estudo e exemplos práticos do recurso à harmonização orofacial. “A harmonização passa por criar equipa de aliados entre a medicina dentária, as ciências biomédicas e as ciências médicas”, começou por explicar a Dra. Augusta Silveira, que aponta, no entanto, os desafios levantados nesta área de atuação, tais como os excessos cometidos e a falta de naturalidade dos procedimentos. Quando falamos em envelhecimento, 20% tem origem genética, mas a percentagem sobe para 80% no caso da epigenética. Perante este cenário, a Dra. Sofia Lopes defendeu a importância de compreender as diferentes camadas da face de forma a trabalhar os diversos planos. Apesar de o envelhecimento da cavidade oral não estar relacionado diretamente com a idade, é responsável por provocar algumas perturbações. Para o trabalho de harmonização orofacial, defendem as médicas dentistas, é necessário um conhecimento ao nível da anatomia da face e um aconselhamento médico dentário prévio, fundamental para o procedimento estético. Para a Dra. Virgínia Santos, “os pacientes têm de sentir que vêm fazer à sua medida”. Na sua intervenção sobre ‘A importância da harmonização orofacial na medicina dentária atual’, a Presidente da APHTOF considera que o trabalho do médico dentista nesta área de atuação passa por compreender as queixas dos pacientes, percecionar sobre qual a camada onde pode atuar e apresentar uma estratégia de planeamento do tratamento. Em determinados casos, a medicina dentária pode trabalhar em sintonia com outras especialidades ao tratar e referenciar pacientes. “A parte estética está casada com a parte terapêutica”, conclui a Dra. Virgínia Santos. |