O vírus pode ser propagado durante tratamentos dentários que envolvem contacto directo com a saliva e sangue, se houver falhas a nível do controlo e segurança e higiene.
Embora a transmissão da hepatite seja rara em procedimentos de tratamentos dentários, devido aos padrões de precaução e vacinação dos intervenientes, alguns casos de infecção foram relatados. Nesses relatos, os dentistas envolvidos não seguiram as práticas de controle da infecção ao utilizarem, por exemplo, equipamentos contaminados.
Em Março do ano passado, cerca de 7.000 pacientes foram aconselhados a fazer testes de hepatite B, hepatite C e HIV, pois havia a suspeita de terem sido expostos a materiais contaminados. Embora nenhum caso de HIV tenha sido associado às clínicas, as autoridades confirmaram no final do ano passado que houve alguns casos de transmissão do vírus de hepatite C entre pacientes, Este foi o primeiro relato documentado de transmissão associada ao ambiente de medicina dentária nos EUA. No mesmo período, o Irish Times publicou que mais de 10.000 residentes na Irlanda, que se submeteram a tratamentos dentários e cirurgias estéticas com equipamentos mal higienizados em países como Hungria, Roménia, Bulgária e África o Sul, foram diagnosticadas com hepatite C.
Há cinco vírus importantes da hepatite, identificados como Tipo A, B, C, D e E. Em particular, os Tipos B e C, transmitidos através da exposição de sangue ou injecções infectadas durante actos médicos, conduzem milhões de pessoas a doenças crónicas e, juntos, são a causa mais comum de cirrose e cancro, de acordo com a OMS.
A OMS calcula que mundialmente 350.000 a 500.000 pessoas morrem anualmente de doenças do fígado relacionadas com a hepatite C e mais de 780.000 pessoas morrem devido às consequências da hepatite B. Existem cerca entre 130 a 150 milhões de pessoas com infecção crónica por hepatite C. Este tipo de hepatite é mais comum , é mais comum na Ásia Central e Oriental e norte da África. A incidência da hepatite B é superior na África Subsaariana e Ásia Oriental.
Apesar destes números alarmantes , a hepatite continua sendo ignorada ou desconhecida, lamentou a OMS. A Organização Mundial de Saúde emitiu novas recomendações sobre o tratamento da hepatite C. |