2014-7-02

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Investigação oncológica

ESTUDO CONFIRMA AUMENTO GLOBAL DE CANCRO ORO FARÍNGEO

O vírus do papiloma humano (HPV) foi identificado, por várias investigações, como uma das principais causas do crescimento da incidência de cancro oro faríngeo nas duas últimas décadas. Um novo estudo demonstrou agora que as taxas de incidência deste tipo de cancro aumentaram significativamente em todo o mundo, entre 1983 e 2002, com especial incidência em indivíduos jovens de países com maior desenvolvimento económico.

Investigadores norte-americanos analisaram as taxas de incidência de cancro oro faríngeo, cancro oral e cancro do pulmão em 180 000 doentes, oriundos de 23 países diferentes, de forma a verificar o aumento da incidência global do primeiro e compara-lo com os outros dois para analisar os respetivos fatores de risco. Verificou-se um aumento de incidência do cancro oro faríngeo nas mulheres de todos os países, com um aumento significativo na Dinamarca, Estónia, França, Polónia, Eslováquia, Suíça, Holanda, Polónia, Eslováquia, Suiça e Reino Unido. Estes dados foram concomitantes com uma subida das taxas de incidência de cancro oral e cancro do pulmão. Entre os homens, com idades inferiores a 60 anos, a incidência de cancro oro faríngeo aumentou significativamente nos Estados Unidos da América, Austrália, Eslováquia, Dinamarca e Reino Unido. No sexo masculino, um aumento da incidência de cancro oro faríngeo era, normalmente, acompanhado por uma diminuição da incidência de cancro oral e cancro do pulmão.
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Os autores consideram que os seus resultados sublinham, particularmente no sexo masculino, um papel potencial de um factor que não o tabaco no aumento da incidência de cancro oro faríngeo, enumerando provavelmente a infecção por HPV. Apesar de considerarem necessárias mais investigações para entender a relação do HPV com a tendência de aumento de cancro oro faríngeo observada, deixam, para já, sugestões acerca dos benefícios adicionais que um programa de vacinação para o HPV poderia desempenhar numa doença que começa a atingir uma escala global.

O estudo, publicado sob a forma de artigo com o título Worldwide Trends in Incidence Rates for Oral Cavity and Oropharyngeal Cancers, foi conduzido por investigadores do National Cancer Institute, em colaboração com a Ohio State University e a International Agency for Research on Cancer, tendo sido publicado online a 18 de Novembro 2013, no Journal of Clinical Oncology.

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