INVESTIGADORES AUSTRALIANOS ALERTAM SOBRE OS PERIGOS DAS BEBIDAS ÁCIDAS

Em testes de laboratório, os investigadores expuseram superfícies de esmalte dentário a líquidos com valores de pH de 1.5 e 3.0 durante 30, 60 ou 120 segundos e mediram as alterações quantitativas na aspereza média da superfície usando microscopia eletrónica e confocal.
A partir dessas experiências concluíram que a aspereza média da superfície aumentou significativamente com a duração do “desafio erosivo”. Além disso, uma análise micrográfica revelou que as hastes do esmalte eram severamente afetadas, especialmente nas amostras de esmalte que foram expostas a um valor de pH de 1,5.
“A erosão dentária é um tema de preocupação crescente em países desenvolvidos e muitas vezes só é detetado clinicamente depois de já ter ocorrido um desgaste extremo dos dentes”, disse a autora do estudo Dra Sarbin Ranjitkar, membro do grupo de pesquisa em biologia Craniofacial da universidade de Adelaide. "Essa erosão pode levar a que fique comprometida a saúde da boca o que pode exigir um reabilitação complexa e extensa, mas é evitável com uma intervenção mínima", acrescentou Ranjitkar.
Ranjitkar recomenda por isso que os pais minimizem o consumo, pelos seus filhos, de qualquer tipo de refrigerantes, bebidas desportivas, sumos de frutas ou alimentos ácidos. Sugere que as crianças consomem fruta fresca em vez de beber o sumo de fruta, uma vez que estes podem conter ácidos alimentares adicionais.
Além disso, os investigadores acreditam que as conclusões do estudo poderem fornecer uma base para pesquisas adicionais, levando ao desenvolvimento de ferramentas clínicas de diagnóstico altamente sensíveis e de estratégias preventivas para a erosão dentária nos estágios iniciais.
Fonte: estudo, “Three-dimensional profilometric assessment of early enamel erosion simulating gastric regurgitation”, foi publicado a 1 de julho no The Journal of Dentistry.