O JornalDentistry em 2017-7-06
O Conselho dos Dentistas Europeus (CED), o Comité Permanente dos Médicos Europeus (CPME) e a Federação dos Veterinários da Europa (FVE), acolheram calorosamente o novo plano da Comissão Europeia para enfrentar a resistência antimicrobiana (AMR).
As ações incluem avanços práticos, como testes e diagnósticos mais rápidos, mais baratos e confiáveis, e a nível político, troca de boas práticas e análise de dados com países não pertencentes à UE.
Os membros das organizações apreciaram especialmente que o Plano de Ação Europeu para a Saúde reconheça que a saúde humana, a saúde animal e o meio ambiente estão interligados e que a importância da abordagem One Health é enfatizada nas ações propostas. Acreditam firmemente que só trabalhando juntos, e com uma liderança forte, assumindo a responsabilidade total é que será possível aumentar a conscientização sobre esta ameaça à saúde pública e envolver toda a sociedade no uso responsável de antimicrobianos, preservando a eficácia dos antibióticos.
Segundo o Dr. Marco Landi, Presidente do Conselho dos Dentistas Europeus (CED), a medicina dentária terá problemas com a perda dos antibióticos como agentes eficazes no tratamento da infeção humana, vai ser essencial que os médicos dentistas prescrevam antibióticos só quando forem absolutamente necessários e ajudar os pacientes a entender que os antibióticos não são para curar a dor de dente.
Para o Presidente da CPME, Dr. Jacques de Hallera ameaça AMR exige uma responsabilidade compartilhada de todos os atores, incluindo, claro, os profissionais de saúde. Os prescritores devem ser encorajados e fornecidos com ferramentas adequadas para fazer receita baseada em evidências e para evitar prescrições cegas. Os sistemas de vigilância devem tornar-se ativos e compartilhar as melhores práticas e dados comparáveis com prescritores.
O novo plano de ação contra a AMR da Comissão Europeia está estruturado em torno de três pilares:
— Fazer da UE uma região com as melhores práticas
O CPME, o CED e o FVE acreditam que a UE pode ser uma região de melhores práticas e convidou a Comissão Europeia a concentrar-se na ajudar aos países que enfrentam maiores dificuldades na gestão da AMR. A partilha de experiências, melhores práticas e alocação dos recursos necessários para cobrir necessidades particulares devem ser assegurados a todos os Estados membros. Os sistemas de vigilância devem ser reforçados através da melhoria da recolha de dados e do estabelecimento de uma comunicação bidirecional eficaz.
— Impulsionar pesquisa, desenvolvimento e inovação
As organizações pediram testes de diagnóstico mais rápidos, baratos e confiáveis para se tornarem disponíveis para médicos, dentistas e veterinários. Os regimes de remuneração e reembolso devem facilitar o uso de testes de diagnóstico adequados antes da aplicação de qualquer antibiótico para a saúde humana ou animal.
— Agenda global sobre a resistência antimicrobiana
O CPME, o CED e o FVE pediram à UE que mostre uma liderança forte a nível global. A UE deve intensificar a cooperação com outras partes na luta contra a AMR através do intercâmbio de boas práticas. Além disso, a coleta e análise de dados sobre AMR e uso de antibióticos em outras partes do mundo devem ser encorajadas. A Europa é única em ter uma análise extensa e transparente, o Joint Interagency Antimicrobial Consumption and Resistance Analysis Report, cujo segundo está previsto para ser publicado em meados de julho de 2017.
As organizações incentivaram todos os Estados membros da UE a trabalhar em estreita colaboração com os prescritores de antibióticos - médicos, dentistas e veterinários - para garantir metas eficientes, práticas e realizáveis em seus planos de ação nacionais e implementação adequada do plano de ação europeu contra a AMR.
Fonte: Comissão Europeia
Documento: "Action plan against AMR of the European Commission"