O JornalDentistry em 2021-11-28
Cientistas sul-africanos descobriram uma nova variante COVID-19, que a OMS denominou de Omicron, com múltiplas mutações que se pensa serem altamente contagiosas.
A OMS-Organização Mundial de Saúde designou-a como uma variante preocupante e muitos países estão a correr para tentar contê-la, proibindo voos da África Austral.
Os cientistas estão a trabalhar 24 horas por dia para dissecar a variante e tentar compreender o seu comportamento.
Aqui está um breve explicador do que é conhecido até agora sobre Omicron - dias após ter sido descoberto, partilhado por cientistas sul-africanos.
Origens
Atualmente não é claro onde a variante teve origem, mas os cientistas sul-africanos foram os primeiros a anunciar a descoberta no dia 25 de novembro.
Nessa altura foram também detetados casos em Hong Kong e no Botsuana. Um dia depois, Israel e a Bélgica também descobriram a variante.
Mutação
Os cientistas descobriram a nova variante com uma "constelação muito incomum de mutações" no dia 23 de novembro.Algumas das mutações já são conhecidas, e afetam a transmissibilidade e a evasão imunológica, mas muitas outras são novas.
Tem "a maior parte das mutações que vimos até agora", disse a professora Mosa Moshabela, Deputy Vice Chancellor of Research and Innovation na Universidade de KwaZulu-Natal.
Segundo a professora Mosa Moshabela algumas dessas mutações são idênticas as da Delta e na Beta", mas outras não, e ainda não se sabe no que a combinação dessas mutações se vai traduzir".
O virologista Tulio de Oliveira disse que houve cerca de 50 mutações no total, incluindo 30 na proteína do spike, o foco da maioria das vacinas, pois é o que permite que o vírus entre nas células.
Transmissibilidade
O aumento do ritmo denovos casos diários de COVID na África do Sul deixou os cientistas a suspeitar que pode estar a ser impulsionado pela transmissibilidade da nova variante.
Apesar de nem todos serem casos de Omicron, a taxa diária de positividade da COVID subiu esta semana, 3,6% na quarta-feira, 6,5% na quinta-feira, 9,1% na sexta-feira e 9,2% no sábado, de acordo com os dados oficiais.
"Algumas das mutações permitem que o vírus se espalhe facilmente e rapidamente, e por isso os suspeitamos que a (nova variante) se vai espalhar rapidamente", disse Moshabela.
Imunidade, gravidade
Algumas das mutações genéticas mostradas pelo vírus incluem as conhecidas para permitir que o vírus escape à imunidade. Não é claro, porém, qual será o impacto nas vacinas.
Quanto à gravidade da variante, os cientistas dizem que só veio a lume esta semana, dando pouco tempo para uma análise minuciosa.
Fonte: Medical X press