O JornalDentistry em 2017-9-17
A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), que integra o Conselho Consultivo da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), votou contra o plano de atividades e o orçamento da ERS para o próximo ano.
Em causa está a manutenção das taxas cobradas pela ERS aos prestadores de cuidados de saúde. Os valores destas taxas são considerados excessivos pelas Ordens da Saúde e também pelo Tribunal de Contas, que acusa a ERS de acumular, sem necessidade, sucessivos excedentes de tesouraria. Na reunião do conselho consultivo da ERS para aprovar o plano de atividades e o orçamento para o próximo ano, a OMD e a Ordem dos Médicos justificaram o chumbo numa declaração de voto conjunta. Ambas sustentam que “o montante das taxas pagas pelos estabelecimentos registados e licenciados pela ERS tem-se revelado sobredimensionado face aos sucessivos orçamentos apresentados pelo Conselho de Administração da ERS. O Orçamento para 2018, justificado pelo respetivo Plano de Atividades, não é exceção”. Na declaração de voto, referem ainda que “as cativações verificadas relativamente ao orçamento aprovado para 2017, com financiamento indireto do Orçamento Geral do Estado, e os valores dos saldos de gerência acumulados, bem como o conteúdo do recente Parecer do Tribunal de Contas deste ano de 2017, ajudam a justificar este voto contra. O acesso à saúde da população fica afetado” porque os valores das taxas são refletidos no preço cobrado aos doentes. Em 2015, os excedentes de tesouraria da ERS somavam já 16,9 milhões de euros, um valor suficiente para financiar a atividade da ERS durante quase quatro anos. Os prestadores de cuidados de saúde são obrigados a pagar uma taxa de inscrição de 900 euros na ERS
Fonte: OMD - Ordem dos Médicos Dentistas www.omd.pt