2014-4-23
Investigadores da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, sugerem que existe uma relação inversa entre a presença de cáries dentárias e a presença de carcinoma de células escamosas da cabeça e pescoço. Com o objetivo de testar esta associação, foram examinados 620 pacientes: 399 previamente diagnosticados com carcinoma de células escamosas da cabeça e pescoço em estadios inicias, entre os anos de 1999 e 2007, e 221 pacientes de controlo.
Foi observado que os pacientes com diagnóstico prévio de cancro apresentaram um número médio significativamente menor de dentes cariados, restaurados diretamente ou com coroas, e com tratamento endodôntico. Em comparação, tinham, no entanto, mais dentes extraídos. Após o ajuste de factores, como idade, sexo, estado civil e consumo de álcool e tabaco, os investigadores detetaram que a prevalência de carcinoma de células escamosas da cabeça e pescoço era menor nos participantes com maior prevalência de cáries dentárias e dentes restaurados com coroas. De acordo com a entidade Center for Disease Control and Prevention, nos Estados Unidos, a cárie dentária é a doença crónica mais comum nas crianças com idade entre os 6 e os 11 anos e nos adolescentes com idades compreendidas entre os 12 e os 19 anos. Afeta também a maioria dos adultos, com 9 em cada 10, a partir dos 20 anos de idade, a sofrerem de algum tipo de afectação dentária. Também nos Estados Unidos, mais de 30 000 novos casos de cancro oral e faringe são diagnosticados por ano. |