O JornalDentistry em 2017-2-20
A utilização de passwords facilmente detetáveis ou uma palavra-passe estabelecida para todas as contas podem servir como porta de entrada para ataques de malware.
No entanto, apenas uma em três utilizadores tem palavras-passes diferentes para cada conta
Um estudo elaborado pela Kaspersky Lab destaca os três principais erros dos utilizadores em relação às suas palavras-passe, que colocam em risco a sua segurança: a utilização da mesma palavra-passe para múltiplas contas que, no caso de uma delas ser descoberta, todas as outras contas podem ser hackeadas; o recurso a passwords fracas e fáceis de hackear; e o facto de os utilizadores guardarem as suas palavras-passe com pouca segurança.
“Se tivermos em conta a enorme quantidade de informação privada e sensível que guardamos hoje em dia, os utilizadores deveriam preocupar-se mais com eles mesmos e apostar numa proteção eficaz para as suas palavras-passe. Isto é algo que parece óbvio, mas muitos não se apercebem que estão a cair nos erros mais elementares de gestão de palavras-passe. Estes erros, por sua vez, expõem os seus e-mails, contas bancárias, arquivos pessoais e outras informações importantes”, afirma Alfonso Ramírez, diretor-geral da Kaspersky Lab Iberia.
O estudo mostra como um grande número de pessoas, quase uma em cada quatro (18%), foram vítimas de tentativas de ataques a alguma das suas contas bancárias, no entanto, são poucas as que contam com uma segurança eficaz e inteligente no que diz respeito às palavras-passe. Por exemplo, apenas cerca de um terço (30%) dos cibernautas criaram palavras-passe diferentes para as suas várias contas online e, o mais preocupante, uma em cada dez pessoas utiliza a mesma palavra-passe para todas as contas. Mesmo que se descubra apenas uma delas, correm o risco de ver todas as suas contas hackeadas e utilizadas por outros.
Além disso, as palavras-passe que as pessoas criam não são suficientemente fortes para as proteger de serem hackeadas ou vítimas de extorsão. Apenas cerca de metade dos entrevistados (47%) combinam maiúsculas com minúsculas nas suas palavras-passe, e apenas dois terços (64%) combinam letras com números.
Ainda assim, os utilizadores têm consciência de que as suas contas bancárias online (51%), de e-mail (39%) e de lojas online (37%) precisam de palavras-passe fortes. O estudo mostra também como os utilizadores tratam com pouco cuidado as suas palavras-passe, partilhando-as com outras pessoas e utilizando métodos pouco seguros para se lembrarem delas. Cerca de um quarto (28%) partilhou-as com algum membro próximo da sua família, e um em cada 10 (11%) fê-lo com os seus amigos, tornando mais provável que uma delas possa ser revelada, ainda que involuntariamente. Uma em cada cinco pessoas (22%) escreve as suas palavras-passe num caderno, para não ter de as memorizar. E ainda que a mesma possa ser robusta, a probabilidade de outra pessoa a ver e utilizar é uma realidade.
“A Internet já faz parte das nossas vidas há algum tempo, ainda assim continuamos a cometer os mesmos erros de sempre no que diz respeito às palavras-passe. As melhores palavras-passe não podem ser encontradas num dicionário, têm de conter maiúsculas e minúsculas, sinais de pontuação e números. O elevado número de palavras-passe que utilizamos diariamente não nos torna a vida fácil, pelo que contar com um gestor de palavras-passe pode ajudar-nos a recordar e a criar algumas suficientemente fortes, que minimizem o risco de as nossas contas serem hackeadas”, reforça Alfonso Ramírez.
Fonte: IT Channel - www.itchannel.pt