O JornalDentistry em 2017-6-26
Portugal deve criar gestor de caso para o doente VIH e promover a qualidade de vida do doente infetado. Estudo da Escola Nacional de Saúde Pública identifica os principais constrangimentos na retenção dos doentes VIH/ SIDA e apresenta 37 propostas para o controlo da doença.
A Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa (ENSP-NOVA) apresentou no dia 22 de junho as conclusões de um estudo que pretende, em primeiro lugar, identificar as barreiras existentes na deteção, referenciação e retenção dos doentes VIH no Sistema de Saúde, tendo como ponto de partida a chamada cascata do tratamento do VIH da OMS: ter 90% dos doentes diagnosticados, destes, 90% estarem em tratamento e, dentro destes, 90% terem uma carga viral indetetável.
Julian Perelman, Coordenador do estudo, explica que “segundo os últimos dados disponíveis, Portugal atingiu até agora apenas o primeiro 90 o que evidencia a deficiente capacidade do sistema em dirigir para tratamento e supressão viral os doentes que estão já diagnosticados”.
Este estudo identifica, em segundo lugar, a partir da opinião de um grupo de peritos, cujas intervenções são pertinentes para o contexto nacional, uma série de propostas para melhorar a adesão e a retenção do doente de VIH e, consequentemente, potenciar o controlo da infeção em Portugal.