O JornalDentistry em 2016-11-11
De forma cem por cento virtual, ou seja, sem lhes tocarmos. Esta é a visão da Google, que está a desenvolver dois projetos nesta área: o Solis e o Jacquard.
Se parece futurologia, é bem provável que a Google esteja envolvida. Na Web Summit, Ivan Poupyrev, diretor técnico da Google Advanced Technology and Projects (ATAP), deu a conhecer dois projetos nos quais o gigante tecnológico está a trabalhar e que podem vir a revolucionar totalmente o modo como interagimos com todos os dispositivos eletrónicos - mesmo os que não têm ecrã.
Poupyrev referiu na Web Summit que “o futuro é moldado pela tecnologia digital” e que (prepare-se para ficar ligeiramente confuso) “o digital é o próximo físico e o virtual é o que será real”. O engenheiro da Google refere-se, na realidade, a algo bastante simples: à imersão do digital no físico, do ponto de vista da experiência.
Na prática, esta visão materializa-se em dois projetos: o Soli e o Jacquard. O primeiro diz respeito à possibilidade de controlar pequenos dispositivos sem lhes tocarmos, como um smartwatch, por exemplo, recorrendo apenas a gestos. A Google até desenvolveu novos tipos de sensores para o efeito, dado que a tecnologia atualmente presente nos dispositivos não está desenhada para compreender gestos pequenos e precisos. O controlo virtual pode ser aplicado a dispositivos com e sem ecrã – pode ser tanto o smartphone como uma coluna de som.
O projeto Jacquard pretende desenvolver tecidos com os quais possamos interagir para controlar virtualmente qualquer dispositivo. Um casaco ou umas calças transformam-se em wearables, em vestuário inteligente que controla praticamente tudo, desde uma lâmpada ao telemóvel.
O objetivo da Google é democratizar esta tecnologia ao ponto das peças serem produzidas pela própria indústria do vestuário. Como no caso do Soli, já foram desenvolvidos protótipos funcionais, neste caso um blusão criado em parceria com a Levis.
Fonte: ITChannel
www.itchannel.pt/news/eventos/web-summit-google-quer-que-interaja-com-os-dispositivos-sem-lhes-tocar