O JornalDentistry em 2021-3-25
Dado o contexto pandémico atual, a higienização e desinfeção dos estabelecimentos de saúde, nomeadamente das clínicas dentárias e laboratórios, é um fator crucial para a segurança de todos.
Os especialistas da BugZero aconselham a que a desinfeção seja feita de forma de preventiva e não apenas quando já existe um caso de infeção do vírus Sars-Cov-2. O Jornal Dentistry entrevistou Daniela Braga, CEO da empresa
Como é composta a vossa equipa?
A equipa de desinfeção da BugZero é composta por técni- cos especializados e qualificados em produtos desinfetantes, respetivos equipamentos e meios de desinfeção.
O mercado da desinfeção está sempre a inovar, assim sendo, consideramos muito importantes as ações de formação que proporcionamos aos nossos colaboradores de modo a estarmos sempre atualizados e aperfeiçoarmos o nosso serviço.
Que materiais utilizam e qual o vosso protocolo de trabalho?
No que respeita aos materiais utilizados no serviço de desinfeção, sublinho os seguintes: o uniforme do técnico, o produto desinfetante e o equipamento de desinfeção.
Em relação ao uniforme do técnico de desinfeção, os nossos colaboradores apresentam-se com um fato de proteção de riscos, máscara em silicone, óculos de proteção, luvas e protetor de pés. Estão protegidos da cabeça aos pés.
No que respeita ao produto desinfetante, varia de acordo com o serviço que nos é solicitado. Para cada tratamento utilizamos um produto distinto, respeitando sempre as normas em matéria de saúde, segurança e legislação. No caso dos estabelecimentos de saúde o produto mais indicado tem como principal princípio ativo o peróxido de hidrogénio.
O equipamento de desinfeção que utilizamos são essen- cialmente os nebulizadores. Os nebulizadores são máquinas que transformam o produto desinfetante em vapor, alcan- çando desta forma o ar e todas as superfícies de forma rápida, segura e eficaz. Muitas empresas que fazem desinfeção trabalham com pulverizadores, o investimento é menor, no entanto entre algumas desvantagens, a principal é que não alcança o ar.
O nosso protocolo de trabalho no serviço de desinfeção começa por, no primeiro contacto com o cliente, esclarecer se estamos perante um caso de infeção do vírus Sars-Cov-2 ou se o cliente está apenas interessado numa desinfeção preventiva. É importante conhecermos a história sobretudo no que diz respeito à urgência de atuação! No momento de executarmos o serviço, o espaço terá de estar livre de pessoas e animais, o técnico procede à desinfeção e recomendamos que o espaço não seja utilizado durante cerca de 1H30. No final, entregamos o certificado de desinfeção, a ficha técnica do produto e facultamos ao cliente algumas recomendações para que possam manter o espaço livre de vírus e bactérias.
Com que periodicidade deve ser realizada esta intervenção?
O ideal seria executar uma desinfeção ao final de cada dia de trabalho. Não sendo esta opção viável por diversos motivos, recomendamos que a mesma seja feita de forma de preventiva e não apenas quando já existe um caso de infeção do vírus Sars-Cov-2. Trabalhamos com empresas que nos contratam quinzenal, mensal ou trimestralmente. Outras pretendem apenas serviços pontuais.
Qual tem sido o feedback das empresas? O vosso selo tem um impacto positivo na sensação de segurança e confiança dos consumidores?
O feedback das empresas com que trabalhamos tem sido positivo e, como já referi anteriormente, os clientes acabam por nos contactar uma segunda, terceira ou até quar- ta vez. Parte preferem contratar a desinfeção preventiva, outros cada vez que têm algum caso de infeção do vírus Sars-Cov-2.
O selo ou certificado de desinfeção é muito importante para estas empresas e os seus clientes! As empresas podem afixá-lo no local mais visível do seu estabelecimento ou até mesmo no próprio website ou nas suas redes sociais. O selo é uma forma de informar os consumidores de que aquele local está cuidado e seguro, transmitindo confiança aos mesmos.
Quais são as normas de desinfeção recomendadas para os estabelecimentos de saúde, nomeadamente para as clínicas dentárias?
Existem duas regras de distanciamento social que não podem ser cumpridas nas clínicas dentárias: a primeira é a não utilização de máscara por parte do cliente, a segunda é a distância recomendada que não pode ser cumprida. Assim sendo, a higienização dos estabelecimentos de saúde, nomeadamente das clínicas dentárias, não pode passar apenas por uma simples lavagem, uma vez que o risco de contaminação é superior ao normal. Recomendamos que seja feita uma limpeza, de modo a eliminar toda a sujidade e reduzir a carga microbiana, aliada a uma desinfeção que irá destruir os microrganismos existentes nas superfícies e no ambiente das instalações.
A forma de desinfeção mais comum executada nos estabelecimentos, através de produtos à venda nos hipermercados e de um pulverizador, não tem alcance suficiente uma vez que não desinfeta as áreas menos acessíveis e sobretudo não desinfeta o ar/ambiente. Recomendamos que esse método continue a ser feito, aliado a desinfeções profissionais regulares e preventivas.
O produto desinfetante que utilizamos através das máquinas nebulizadoras proporciona uma desinfeção completa a instalações, superfícies, utensílios e instrumentos cirúrgicos, material têxtil e sobretudo ao ar/ambiente. As máquinas nebulizadoras, para além de terem uma ação desinfetante rápida e eficaz, previnem a difusão de vírus e bactérias e a sua utilização continuada não provoca resistências nos microrganismos.
Mais informações: www.bugzero.pt